terça-feira, 14 de julho de 2009

O início profissional (Capítulo I)

Já havia trabalhado em vários lugares. Aliás, comecei bem cedo na lida. Aos 14 anos, depois de muita insistência junto ao meu primo José Roberto, ele me indicou para uma vaga de contínuo, o famoso office-boy, no Banco Real. Foi uma alegria muito grande, afinal eu estava entrando na adolescência e qual adolescente não quer sua independência financeira? Fui bancário durante quase 6 anos (de setembro de 1980 a março de 1986) passando por todas as seções do banco. Era muito dedicado. Aos 16 anos fui promovido escriturário, sendo um dos mais novos a ocupar tal posto, e aos 20, promovido a procurador, que era o nome dado ao “chefe de seção”. Com muita responsabilidade e pouca idade, não agüentei a carga e resolvi pedir demissão. Estava certo que, com a experiência adquirida no banco, conseguiria outro emprego com facilidade. Ledo engano. Percebi justamente o contrário. Os bancos e as empresas de um modo geral, não gostavam (não sei como é a realidade hoje em dia) de contratar um ex-bancário. Penso que preferiam “criar” novos profissionais sem vícios de outras empresas.
Demorou um pouco e consegui um emprego na Associação Predial de Santos (APS), que funcionava na Rua Amador Bueno 22, onde hoje é a biblioteca municipal. Era uma cooperativa habitacional privada que se destinava a vender imóveis por meio de um consórcio. Acredito que tenha sido uma das primeiras a realizar tal tarefa. Na época, 1986, ainda era possível encontrar algumas casas na cidade com uma placa da APS fixada na fachada. Lá não consegui ficar muito tempo. A contabilidade ainda era feita no sistema antigo que se chamava “sistema de fichas tríplices”, totalmente manual. Para quem vinha do sistema bancário, com algumas tecnologias à disposição, aquilo para mim era muito pré-histórico. Sem contar a "rabugice" do gerente da época, que não me recordo o nome. Controlava até o tempo que ficávamos no banheiro. Três meses foi o que consegui suportar. E lá vieram mais três meses de procura por um novo emprego.
Em janeiro, por meio do cunhado de minha irmã, Wellington, consegui uma vaga de caixa em uma empresa de navegação. A Transtlantic Carriers, Transcar. Depois passei pela contabilidade e finalmente fui transferido para a tesouraria da Transcar Turismo, onde tive o prazer de trabalhar com o Sr. Faya, um dos precursores do turismo na cidade, fundador da Fayatur. No grupo, fiquei por dois anos. De janeiro de 1987 a julho de 1989.
Em abril de 89, lendo o jornal A Tribuna, fiquei sabendo que abririam vagas para o curso de locução no SENAC-Santos. Pra ser bem sincero, nunca havia imaginado trabalhar em rádio, nem tampouco fui daqueles ouvintes fanáticos de ficar gravando músicas como muitos amigos meus faziam. Perfil fácil de encontrar também nos profissionais de rádio que conheci na carreira. Na verdade, queria ter uma atividade para ocupar minhas noites que estavam ociosas. E por que locução? Algumas pessoas já haviam dito que eu tinha facilidade de expressão e que tinha uma voz boa pra trabalhar em rádio. Quando apareceu a oportunidade, encarei. O curso começou em maio de 1989 com duração de três meses. Faltando um mês para terminar o curso eu já tinha uma proposta para trabalhar em uma emissora de rádio. Iria então começar minha carreira que completa este mês 20 anos.
Amanhã continuo essa história.
Bjs no coração e fiquem com Deus.

3 comentários:

  1. Olá menino
    Muito bom relembra os lugares onde trabalhamos não é msm?
    Voce começo cedo e com muita responsabilidade.
    Nos ouvintes agradecemos por voce ter feito este curso e trabalha na radio,só assim temos o prazer de ter voce todas as noites em nossa casa com esta voz maravilhosa que Deus te presenteo.
    Beijos e fique com Deus

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  2. Olá menino
    Sua vida é a soma de todos os momentos
    que faz com que você seja tão
    diferente e tenha uma história que só você
    pode contar;Isso porque a vida não
    é feita de traços retos, perfeitos e comuns.
    A vida é feita do seu talento de transformar
    até os mais simples acontecimentos
    em lembranças inesquecíveis.
    Te adoro
    Beijos

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  3. Bendita a Santa Luz q te falou pra fazer o curso de locução!! Sim, td começa com uma decisão e a sua foi certeira. O resultado é olhar pra trás e ver esses 20 anos de trajetória que valeram mto a pena (pra vc e para nós).
    Bjo grande

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