quarta-feira, 15 de julho de 2009

Início no rádio (Capítulo II)

O curso de locução que fiz no SENAC-Santos não foi dos melhores cursos que fiz não. Principalmente por causa da estrutura física. Em 1989 o prédio onde funciona a instituição até hoje, na Avenida Conselheiro Nébias, sofreu uma grande reforma. Foram retiradas todas as paredes do prédio. Só aproveitaram o “esqueleto” de concreto. Nesse período, todos os cursos foram ministrados no Colégio Marza, no Gonzaga. Nossas aulas foram ministradas em salas comuns e as nossas gravações eram feitas em um aparelho de som caseiro, conhecido como “3 em 1”. Não lembro quantos alunos começaram o curso, mas sei que eram muitos. Terminaram apenas 23. De todos os formandos apenas eu e o Márcio Harrison (atualmente na Rede VTV) seguiram a carreira de radialista, que eu me lembre. Márcio na época já trabalha como repórter do programa Polícia Sem Censura, na rádio Cultura AM, apresentado pelo jornalista Abissair Rocha e foi para o SENAC com o intuito de obter o seu registro profissional.
Outra aluna da época, Haimeé Boturão, se dedicou à produção de jingles. Haimeé era uma grande parceira nas nossas produções em sala de aula.
Como sou muito ruim para lembrar os nomes das pessoas, me perdoem se estiver esquecendo alguém. Dos professores, o que lembro bem é de Oswaldo Tassi. Talvez pelo fato dele ministrar as aulas práticas de locução, que eram as que mais gostávamos. Durante essas aulas, recebíamos várias visitas de profissionais que haviam se formado recentemente no SENAC, como Fábio Félix (atualmente apresentando TVB Varejo), que se transformou num grande amigo mais tarde; Cintia Moran (atualmente assessora de imprensa) responsável mais tarde por me apresentar aos diretores da TV Brasil-SBT que deu início à minha carreira de apresentador; e João Carlos o “Johnny” que atuou por muitos anos na extinta 95 FM, depois na também extinta Enseada FM e atualmente na CBN São Paulo. Johnny, talvez sem saber, foi o responsável pelo meu início em rádio. Durante uma visita ao curso, disse que estaria voltando à cidade, pois estava saindo da Rádio Beira Mar FM (São Sebastião) e indo pra 95 FM e se alguém estivesse interessado, que fosse ao litoral norte fazer teste, pois como lá não havia curso de locução (não sei se existe hoje) eles costumavam contratar os recém-formados do SENAC-Santos, assim como aconteceu com ele.
Naquela noite, aquela história ficou latejando na minha cabeça. No final de semana seguinte, peguei um ônibus e fui à São Sebastião em procura da tal Rádio Beira Mar FM, a fim de fazer um teste. Fui muito bem recebido por todos e convidado a me dirigir ao estúdio para o teste. Depois de anunciar umas músicas, ler algumas notícias e desenvolver algum improviso, ao final do teste, o coordenador me considerou aprovado para a vaga e queria que eu começasse na segunda-feira. Impossível. Afinal, ainda havia um mês de curso a realizar. E meu emprego? E minha família? A não ser que a rádio guardasse a vaga para mim... E não é que eles guardaram?
Amanhã essa história continua.
Bjs. no coração e fiquem com Deus


Recebendo diploma curso locução Senac/Santos

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